O sector têxtil e de vestuário do distrito de Castelo Branco perdeu 800 trabalhadores desde Outubro de 2008, engrossando o número de desempregados que já ultrapassa os 10 mil no distrito, anunciou hoje fonte sindical.
“Entre 56 a 60 por cento do total do distrito não recebem subsídio de desemprego”, salientou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB) em conferência de imprensa.
Como solução, o sindicalista defendeu “intervenções do governo em empresas capazes”, em vez de “dar mais apoios sociais”.
Um tema que o STBB pretende discutir como ministro da Economia, ao qual já solicitou uma audiência.
“A resposta aos problemas que colocamos não é exclusivamente de carácter social. Até serve de populismo bacoco: perante as dificuldades tomam-se medidas sociais. É certo que servem para acudir a situações de emergência, mas não resolvem problema de fundo, que são as medidas de política económica”, sublinhou.
Segundo Luís Garra, as confecções Carveste, Vesticon, Mateus e Mendes, Proudmoments e Avri, são algumas das que atravessam situações difíceis mas que têm condições e mão-de-obra qualificada para um futuro seguro.
O sindicalista defende que o Governo deve orientar uma rede de contactos para que as empresas tenham boas carteiras de encomendas e intervir caso a caso, “como já aconteceu no tempo do engenheiro Guterres” - nuns casos “com apoio financeiro, noutros reorientação da gestão, ou noutros ainda com consolidação de dívidas”.
“O importante é que associada às intervenções haja a nomeação pelo Estado de gestores que controlem a aplicação dessas ajudas”, sublinhou.
Luís Garra tem esperança que o novo ciclo governativo abra portas a soluções. “É um governo de maioria relativa e o Ministério da Economia tem poderes mais amplos, nomeadamente na gestão do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”.
“Percebemos isso como um sinal de que há intenção de dar mais atenção às questões da economia, que das finanças”, beneficiando as empresas, sublinhou.
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