terça-feira, 29 de setembro de 2009

Plano de viabilização da Qimonda aprovado em assembleia de credores


O plano de viabilização da Qimonda foi hoje aprovado em assembleia de credores. O plano, que foi aprovado por 95 por cento dos votos, prevê uma redução de 330 trabalhadores, a continuidade do negócio de semicondutores e a entrada em novos nichos de mercado especializados.

O plano de reestruturação prevê o despedimento colectivo, a partir de 2 de Outubro, de 330 dos 1000 funcionários da empresa. No entanto, dos restantes 770 trabalhadores apenas 230, que estão na manutenção da empresa, têm o emprego garantido.
Aos funcionários, a empresa deixou a garantia de que quem rescindir amigavelmente terá direito a indemnizações e ao subsídio de desemprego. Os trabalhadores têm até sexta-feira para tomar uma decisão.
A Qimonda quer ainda saber quantos trabalhadores aceitam prolongar o "lay-off", a partir de 4 de Novembro, dia em que terminam os seis meses de paragem temporária de trabalho, e que só poderá ser prolongado com o acordo dos trabalhadores.

No entanto, e uma vez que por lei, o "lay-off" não se poderá prolongar para além de Abril de 2010, a empresa vai, a partir dessa altura, despedir os trabalhadores de que ainda não necessite na altura, deixando em aberto a possibilidade de os voltar a contratar.

Novas apostas
A assembleia de credores viabilizou também a continuidade do negócio nos semicondutores e a entrada em novos nichos de mercados especializados, para os quais a empresa já tem acordos de princípio.
Armando Tavares, presidente da empresa, revelou que a empresa "manterá de grosso modo, a actividade centrada no negócio de semicondutores", no entanto, recusou-se a divulgar quais os parceiros com quem está a negociar devido a "regras negociais".




Submarinos comprados por Paulo Portas


Três escritórios de advogados de Lisboa estão desde esta manhã a ser alvo de buscas por investigadores do Ministério Público, no âmbito de um processo relacionado com a aquisição de dois submarinos U-214 adquiridos pelo Estado português no tempo em que Paulo Portas era Ministro da Defesa.


Os escritórios de Lisboa das sociedades de advogados Vieira de Almeida & Associados, Sérvulo & Associados e Uría Menendez estão a ser alvo de buscas. Uma notícia inicialmente avançada pela revista Sábado dava conta de que elementos do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) estariam nos dois primeiros escritórios à procura, entre outros documentos, do contrato de financiamento associado à aquisição dos submarinos ao Germain Submarine Consortium (GSC).

O Negócios confirmou, entretanto, que as diligências envolvem ainda a Uría Menendez, sociedade que, à semelhança das duas restantes, esteve envolvidas na assessoria jurídica a um dos consórcios – ou às instituições que o financiaram – que participou no concurso público para compra dos dois submarinos.
In Jornal de Negócios


Video da Comunicação do Presidente da Republica 29-09-2009


TVI e José Eduardo Moniz voltam a encontrar-se ?


Fonte: Público

Cavaco Silva quebra o silêncio?

"O Presidente da República fará hoje dia 29 de Setembro, às 20h00, uma declaração à comunicação social", refere uma nota divulgada no site da Presidência da República.
A nota não faz qualquer referência ao assunto que será objecto da declaração do Chefe de Estado, mas o que é certo é que Cavaco Silva tem sido pressionado a falar sobre o alegado "caso das escutas".

Será que tem alguma coisa para dizer depois de tanto silêncio?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reacção aos resultados eleitorais pelos líderes dos principais partidos











Sabe quem era o cabeça de lista do partido em que votou?

Da leitura aos resultados eleitorais no Distrito de Castelo Branco, conclui-se que estes seguiram a tendência Nacional, forte subida do CDS e do Bloco de Esquerda e ligeiras subidas do PSD e da CDU. O PS viu neste distrito a sua queda ser ainda maior que a média a nível Nacional – 14,19% dos votos, penalizando assim de forma inequívoca o abandono a que José Sócrates votou o distrito durante os quatro anos e meio de governação.

O PS foi duramente castigado por políticas, que foram contra a grande maioria da população Portuguesa, perdendo a sua preciosa maioria absoluta. O PSD com Manuela Ferreira leite à sua cabeça, não só não conseguiu resultado muito melhor que anteriormente Santana Lopes tinha conseguido, como com a sua postura perante o povo, permitiu ao eleitorado de direita de facto, que fosse votar no seu partido de origem o CDS, não julgando ser o PSD voto útil. O Bloco de esquerda conseguiu de forma demagógica (digo eu) cativar a grande fatia dos descontentes com a governação do PS na última legislatura. Relativamente à CDU, não soube ou não foi capaz de capitalizar o descontentamento geral da população e isso reflectiu-se numa votação muito próxima da de 2005, subindo somente 0.32% dos votos e alcançando mais um deputado, longe assim dos grandes vencedores das eleições, o CDS e o Bloco.

Curioso é o método de contagem de votos para a eleição de deputados (método de hondt) que permite eleger deputados, por vezes com mais ou menos 100 votos. Veja-se o caso do PSD que teve mais 6.395 votos que em 2005 e deu-lhe direito a mais 6 deputados, ao passo que a CDU crescendo 14.165 votos lhe valeu apenas mais 1 deputado.

No entanto parece-me importante referir que mais uma vez a população do Distrito não votou na eleição para deputados mas sim no seu clube preferido. Não teve em conta o valor das pessoas preferindo ir na onda e votar no partido que mais na moda estiver. Nas eleições autárquicas é comum ouvirmos dizer que os partidos não interessam mas sim as pessoas, então não percebo porque é que nestas eleições não devemos votar nos candidatos a deputados que nos parecem mais capazes de fazer chegar as reivindicações do nosso distrito junto do poder central.

Hoje gostaria que alguém fizesse uma sondagem e já depois das eleições realizadas com a seguinte pergunta; Sabe quem era o cabeça de lista do partido em que votou?



Arrisco afirmar que mais de 60% dos votantes responderiam não saber, não conhecer nem tão pouco saber o que já fizeram pelo distrito ou o que fazem. Acho isso profundamente lamentável depois de tantos anos de democracia neste País.

Destes resultados ressalta ainda que o candidato que publicamente apoiei não alcançou os objectivos a que se tinha proposto. Subiu o número de votos e respectiva percentagem em relação às últimas eleições legislativas mas muito pouco para conseguir dar voz a população do distrito no parlamento nacional. Os trabalhadores deste distrito não quiseram que aquele que nas horas amargas os tem sabido defender fosse eleito deputado.

Poderemos analisar da seguinte forma o voto dos trabalhadores. Primeiro, não queriam nem gostavam do candidato Luis Garra, o que me parece exagerado, mas pode ter acontecido. Segundo, não querem de forma nenhuma que Luis Garra abandone o trabalho que tem feito ao longo de quase uma vida em prol da sua defesa. Em conversa com alguns trabalhadores foi-me dito claramente isso. Nós gostamos muito do Luís, mas se for eleito para deputado quem é que nós temos na região para nos defender? Parece-me ter alguma consistência esta segunda tese, e a ser assim Luís Garra no rescaldo destes resultados deverá ficar orgulhoso por saber que os trabalhadores o querem junto deles?






Resultados Eleitorais Legislativas 2009 na COVA DA BEIRA


Comparativo Legislativas 2005/2009 no Distrito de Castelo Branco


Resultados Eleitorais Legislativas Distrito de Castelo Branco


Comparativo Legislativas 2005 / 2009


Resultados Eleitorais Legislativas 2009


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ainda a tentativa de agressão de Carlos Martins a candidato da CDU


À Comunicação Social


Nota de Imprensa: “ADJUNTO DO PRIMEIRO-MINISTRO EXIBE DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS CONTRA CANDIDATO DO PSD A JUNTA DE FREGUESIA DA CONCEIÇÃO (COVILHÃ), OBTIDOS NO GABINETE DE S. BENTO E INJURIA E AMEAÇA A INTEGRIDADE FÍSICA DO CANDIDATO DA CDU ÀQUELA FREGUESIA”

O candidato do Partido Socialista à Junta de Freguesia da Conceição (Covilhã), Carlos Martins, Adjunto do Primeiro-Ministro, protagonizou no passado dia 21, no decorrer de debate promovido pela Rádio Cova da Beira (Fundão), uma cena de violência, injuriando e ameaçando a integridade física do candidato da CDU depois de, durante o mesmo debate, ter exibido documentos de carácter pessoal do candidato do PSD.

O referido candidato Adjunto do Primeiro-Ministro, que se fez acompanhar de vários apoiantes, manteve antes, durante e depois do debate, uma postura que em nada dignifica a democracia, os seus fundamentos e regras e, acima de tudo, não dignifica os lugares que ocupa, em acumulação, de Presidente de Junta de Freguesia e Adjunto do Primeiro-Ministro.

Não se compreende que alguém há quatro anos no gabinete do Primeiro-Ministro quisesse transformar um debate de ideias para o futuro num mero chorrilho de ataques pessoais e violência contra os seus adversários que, civilizadamente, procuravam a discussão democrática.

Questionamo-nos mesmo sobre a origem das informações e documentos que o referido Adjunto usou e propalou sobre o candidato do PSD, Professor Eduardo Cavaco, que só podem provir do acesso a fontes de informação, reservadas ao Gabinete de S. Bento.

Não queremos acreditar que todas estas informações de cariz pessoal e confidencial, tenham sido obtidas com recurso a meios menos lícitos e/ou à posição que o Adjunto do PM, detém no apoio a um órgão da República.

O PSD fará chegar, ao Senhor Procurador da República, a respectiva participação dos factos em apreço.

Comissão Política de Secção / Covilhã


O 1º Acidente na Ponte da Carpinteira


Na semana passada um morador dos Penedos Altos, com cerca de 50 anos e com deficiências a nível motor e mental, caiu do passeio que ladeia a nova Ponte da Carpinteira.

Os muros de protecção quase inexistentes devido à subida da estrada, (que embora antes também fossem baixos) com algumas zonas sem nunca ter muro (é bom salientar), podem ter sido a causa, e ao que apuramos desequilibrou-se junto ao acesso da ponte, vindo a cair ribanceira abaixo, parando nas grades, onde estão guardadas as botijas de gás do Pinho.

Após o acidente e levado para o hospital com um traumatismo na cabeça, enviaram-no para casa. Chegado a casa e após estar várias horas em sofrimento e dores enormes, deslocou-se novamente ao Hospital da Covilhã onde foi enviado de urgência para o Hospital de Coimbra, onde permanece. (Só mesmo no Pêro da Covilhã)

Parece-nos que os muros não são o suficiente seguros, apesar de lá estarem há anos, e nunca se ter verificado qualquer acidente (ao que me lembre) por isso na minha opinião a causa/efeito da Ponte não estará talvez relacionada com o acidente, mas sim talvez o facto de a zona ter mais tráfego de pessoas.

Também já se verificou jovens inconscientes (eu diria maluquinhos da cabeça), andarem de pé sobre o "muro" da Ponte, ao que parece em apostas, a altas horas da madrugada, até jovens com motos já se viu na Ponte da Carpinteira.

Parece-nos óbvio que carece de alguma medida todos esta actos, passando porque não por videovigilância, que foi falada aquando dos estragos verificados no Elevador de S.André, e nunca se chegou a colocar. Não percebo o facto de ter uma obra daquelas e fecha-la às 9 da noite...por esta lógica a Ponte da Carpinteira também deveria ter horário de abertura e encerramento, não!!!

Mais uma corrida mais uma viagem !

Mais uma sondagem. Esta feita com simulação de voto em urna.
Não se deixe influenciar por sondagens, vote em consciência.


Jornal o Público

Gatos Fedorentos - Entrevista Teixeira dos Santos


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Morreu o primeiro português com gripe A

Um homem de 41 anos, infectado com o vírus da Gripe H1N1, morreu no Hospital de Santo António no Porto, tornando-se na primeira vítima mortal em Portugal, anunciou esta noite a ministra da Saúde.

A vítima era um emigrante português em França, de férias em Portugal, que tinha um transplante renal há 14 anos e estava em rejeição do rim.

Segundo a ministra Ana Jorge, o doente estava internado no Hospital de Santo António desde 3 de Setembro, com prognóstico reservado, devido ao agravamento do quadro clínico de uma infecção bacteriana com pneumonia.

Antes, a vítima esteve internada numa unidade de saúde francesa com uma infecção bacteriana, tendo, a seu pedido, recebido alta no final do mês de Agosto e viajado para Portugal.

Desde que entrou no Hospital de Santo António, e de acordo com a ministra Ana Jorge, o doente manteve sempre uma situação clínica "grave com falência de vários órgãos".

Devido à existência de dois casos de infecção com o vírus H1N1 no serviço de infecto-contagiosas, o hospital efectuou análises a vários doentes, tendo o resultado, conhecido a 15 de Setembro, dado positivo no homem que faleceu hoje de manhã.

Numa conferência de imprensa sem direito a perguntas, a governante reiterou que se mantém todas as medidas até agora adoptadas para prevenção do vírus H1N1, referindo que os serviços e a população devem manter-se tranquilos e respeitar todas as instruções que têm sido difundidas.

"Esta gripe continua a apresentar padrões clínicos correspondentes aos inicialmente previstos", tranquilizou a ministra da Saúde.

Ana Jorge anunciou para sexta-feira, às 10:00 horas, mais esclarecimentos sobre este caso, numa conferência de imprensa a realizar no Hospital de Santo António, no Porto, com o corpo clínico que acompanhou o doente.

In Expresso



Aplica-se na perfeição


Não pense assim. Domingo vote na competência e na honestidade dos candidatos

Comportamento das TV's

Há uns tempos atrás dizia eu, que o Bloco era levado ao colo, quer nas sondagens, quer pela comunicação social. Mais recentemente afirmei que os partidos chamados pequenos, incluíndo a CDU, eram marginalizados pelos mesmos atrás referenciados.
Veja-se o comportamento das TV´s em relação aos diferentes líderes partidários nas duas semanas que antecederam a campanha eleitoral.





Fonte: MediaMonitor, Telenews


Tire você mesmo as conclusões

20 Razões para VOTAR na Verdadeira Esquerda

O que é que o PS fez com a maioria absoluta que lhe foi dada?

1. Ofereceu-nos Um primeiro-ministro “não socialista”, narcisista, autoritário, prepotente e arrogante, destituído de ideologia;

2. Um primeiro-ministro que alega desconhecer a lei, que ele próprio fez aprovar, para fumar, às escondidas, num avião;

3. Ofereceu-nos um governo de inaptos, com ministros sem opinião própria, acobardados face à arrogância do chefe;

4. Aumentou-nos a carga fiscal (excepto à Banca, relativamente à qual a diminuiu), contrariamente ao anunciado no seu programa eleitoral, de forma brutal e sem qualquer laivo de consciência social;

5. Reduziu o défice, à custa desse aumento da carga fiscal, sem qualquer melhoria palpável na eficiência do Estado e com significativa redução das regalias sociais;

6. Promoveu, em todas as entidades estatais, o espírito da caça à multa, em detrimento da pedagogia e da prevenção, numa atitude de gananciosa obtenção de receitas;

7. Hostilizou vários sectores da nossa sociedade, sem que daí adviesse qualquer benefício para o funcionamento das instituições e respectivas actividades;

8. Empenhou-se na destruição do Estado Social e na precarização total do emprego, impondo uma nova Lei do Trabalho, que acaba com a necessidade de haver “justa causa” para despedir, instalando a insegurança total no emprego;

9. Criou sérios problemas na prestação de cuidados de saúde;

10. Desautorizou os professores e empenhou-se em falsear as estatísticas do aproveitamento escolar, promovendo o facilitismo, dando origem à criação de uma geração de analfabetos com “computador e doutoramento”;

11. Mostrou-se um falhanço total, no plano da economia do país, tendo aumentado as falências, as deslocalizações de empresas nacionais e de estrangeiras, o desemprego e, genericamente, as dificuldades de todos os sectores da nossa actividade produtiva;

12. Falhou em todas as promessas eleitoralistas, com particular destaque para a de “não aumento de impostos” e a da criação de um “aumento líquido de cento e cinquenta mil postos de trabalho”;

13. O grau de pobreza aumentou, de forma generalizada, em todo o País quase metade dos portugueses está vulnerável à pobreza;

14. Aumentou a emigração de pessoal com qualificações superiores, empobrecendo, assim, o lote de aptos e disponíveis para integrarem os quadros dirigentes do País;

15. Foi complacente com escandalosas retribuições e benesses de gestores públicos e privados;

16. Nada fez para contrariar o aumento da criminalidade, não sendo capaz de dar resposta ao crescente sentimento de preocupante insegurança, que se instalou no país;

17. Falhou na União Europeia, patrocinando o chamado “Tratado de Lisboa”, cuja ratificação pelos estados membros veio a fracassar, por falta de democraticidade do processo e reprovação das manobras de bastidores, o que o transformou no Destratado de Lisboa”;

18. Negou aos portugueses o direito de se pronunciarem sobre este tratado, não promovendo o referendo, com o qual se tinha comprometido no seu programa eleitoral;

19. Não foi capaz de prevenir a crise dos combustíveis, mediante a definição atempada de uma estratégia energética para o país, continuando à deriva nesta como noutras matérias, demitindo-se das suas responsabilidades e remetendo-se à cobarde posição de atribuição de todas as culpas às instâncias internacionais e ao funcionamento do mercado livre e à especulação, no que é contrariado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que veio dizer, claramente, que a crise em Portugal se deve a razões internas;

20. Apadrinhou o comportamento da GALP, a qual se aproveitou da subida (em dólares e não em euros) do preço do petróleo para aumentar discricionariamente o preço dos combustíveis, não os baixando na mesma proporção sempre que o preço do petróleo entrava em queda;

É tempo de castigar a mentira, a incompetência, a arrogância, a ditadura de uma maioria, o favoritismo, o despudor, a subserviência rastejante de um partido face ao seu chefe, a irresponsabilidade, a incoerência, o autismo e a vaidade pessoal…

Estes são os principais atributos do PS, enquanto partido político, e dos seus membros que pactuaram com as diatribes do seu líder e do governo que patrocinaram! Não são estas as qualidades que o País precisa para os seus dirigentes e, de uma forma geral, para os seus cidadãos.

Quem não se revê nestas “qualidades” vai, certamente, VOTAR NA VERDADEIRA ESQUERDA
no nosso distrito VOTE CDU


 


Gatos Fedorentos - Entrevista a Joana Amaral Dias


Nota de Imprensa da CDU - Covilhã


"Perante a falta de argumentos e de trabalho para mostrar, o candidato do PS à Freguesia da Conceição insulta e ameaça o candidato da CDU.

Ontem, dia 21 de Setembro, e após o debate realizado na Rádio Cova da Beira, entre os candidatos à Junta de Freguesia de Conceição, Covilhã, o candidato da CDU, ainda dentro das instalações, e enquanto cumprimentava os adversários políticos, e outras pessoas presentes, foi violentamente ameaçado na sua integridade física e injuriado pelo candidato do PS, ameaças que só não se concretizaram pela intervenção dos presentes.

A CDU condena veementemente este tipo de comportamento absolutamente inqualificável, indigno e inaceitável em democracia. Atitude que não dignifica o seu autor, o Partido onde milita e que mais importante, ofende o debate político e a livre troca de ideias.

A CDU não pode aceitar que o actual Presidente de Junta de Freguesia e candidato pelo Partido Socialista, sem que alguma vez tenha sido ofendido, assuma este tipo de actuação para com o candidato da CDU ou para com quem quer que seja e sublinha que até ao momento, o seu autor não teve qualquer preocupação em se retratar.

Para que fique claro, a CDU declara que prosseguirá a sua campanha de forma serena, tranquila, privilegiando o contacto com as populações da Freguesia da Conceição, e não serão os insultos ou as ameaças do candidato do PS que nos farão desviar desse objectivo.

Com esta tomada de posição a CDU deseja que estes episódios não se repitam pelo que considera este lamentável incidente encerrado."

CDU. Covilhã
22 Setembro 2009




Mais uma Empresa que encerra na Covilhã

As confecções Avri no Parque Industrial do Canhoso, na Covilhã, vão encerrar, mas não têm dinheiro para pagar indemnizações nem proporcionais às 98 pessoas que vão ficar sem trabalho, anunciou a administração.
As trabalhadoras disseram esta manhã que não abdicam de receber o que lhes é devido e contestaram o facto de não terem acesso ao fundo de desemprego, pelo facto de a empresa alegar falta de dinheiro para o despedimento colectivo.
A fábrica vai fechar porque a principal sócia, sedeada em França, passou a encomendar os artigos de pronto-a-vestir de senhora à Ásia, "onde há condições mais favoráveis" que em Portugal, referiu o advogado da empresa, Gustavo Anderson.

domingo, 20 de setembro de 2009

VIGILÂNCIAS OU GOLPE DE ESTADO?


Líder da Oposição

Há por aí uns artistas que nos tentam convencer de que o primeiro-ministro pediu às secretas para vigiarem Cavaco Silva e os seus assessores anónimos. alguns acrescentaram mesmo o jornal Público à lista dos vigiados sendo de esperar que a lista continuem a aumentar.

O Presidente não falou quando o tema foi falado pela primeira vez, não falou quando se falou pela segunda vez e agora está demasiado atrapalhado para falar, diz que fala depois das eleições. Isto é, se Sócrates perder as eleições, como deseja a Presidência da República deseja, o assunto está arrumado, a conspiração teve os seus resultados. Se Sócrates ganhar as eleições deixa de fazer sentido prosseguir com a conspiração.

O facto é que este caso rebenta e é aproveitado por Cavaco Silva e Ferreira Leite para simular uma crise institucional num momento em que o PSD estava em dificuldades e as sondagens apontavam para uma derrota. Cavaco SIlva aposta tudo a uma semana das eleições, deixando de ser Presidente da República para se transformar no verdadeiro líder do PSD.

O silêncio de Cavaco Silva só tem um motivo, qualquer intervenção neste momento só levaria à conclusão do seu envolvimento numa conspiração pouco digna de um Presidente da República de Portugal. Ao calar-se confirma as instruções que deu ao seu assessor e ninguém acredita que se estivesse mesmo preocupado com escutas e tivesse a mais pequena prova disso não era a um jornalista que recorria.

Um democrata sabe que é à Procuradoria-Geral da República e não a um jornalista a mando de Belmiro de Azevedo que cabe velar pela legalidade democrática. Se Cavaco suspeitasse de algo e e isso não passasse de uma mania da perseguição teria chamado Pinto Monteiro a Belém e pedido uma investigação.

Ao recorrer a um jornalista Cavaco não pretendeu apurar qualquer verdade, apenas tentou lançar a suspeita sobre José Sócrates sem que tenha apresentado qualquer prova. Dizer que vai fazer perguntas depois das eleições é ridículo, apenas significa que Cavaco aposta tudo nas eleições. Se estava preocupado com eventuais escutas desde Abril não faz o mais pequeno sentido qu trate do problema em Outubro, isso só significa que Cavaco Silva sabe muito bem que tudo isto não passa de uma invenção absurda do Palácio de Belém e apenas visa transformar um acto eleitoral democrático numa imensa encenação montada por políticos sem escrúpulos, por gentes sem a mais pequena formação democrática que sonha com um caudilho.

Os portugueses terão nestas eleições a oportunidade de explicar a Cavaco que estão fartos de tentativas de homicídio político, de processos duvidosos, de manipulações de processos judiciais e de golpes baixos.

Escrito por Vasquinho (jardim Digital)

Votar em partidos fora do centrão siginifica dar no fôlego e nova vida à Democracia. Digo EU

sábado, 19 de setembro de 2009

1000 Visitantes



A Vinte e cinco de Maio de 2009, decidi criar este Blogue com o único intuito de ir escrevendo sobre o que de melhor e pior acontecia pela nossa região. Pretendia tão-somente, dar largas à imaginação passando à escrita o que me ia na alma. Ao longo dos últimos anos fui e vou, participando em vários fóruns temáticos e seguindo com pouca atenção confesso, vários Blogues Regionais e Nacionais, comentado os artigos sempre que me parecia apropriado. No entanto, a dada altura decidi que poderia ser mais interventivo e ter espírito critico, relativamente aos factos mais relevantes que vão acontecendo um pouco por todo o lado, nomeadamente na nossa bela Cova da Beira.

Tenho por principio não louvar o que os eleitos para o Governo ou Autarquias fazem de bem feito, pois parto do principio que quando foram eleitos, assumiram essa responsabilidade perante nós. Por outro lado sou, bastante critico relativamente ao que não fazem e prometeram, e ou que fazem mal, sobretudo quando isso colide com os interesses das populações, alem disso, não consigo conceber, que os eleitos usem o poder para se servir e não para servirem. Dirão que estou sempre do contra, mas esta é a melhor forma de dizermos aos responsáveis que nos governam quer nas Juntas, quer nas Câmaras quer mesmo no Governo que é possível fazer mais e melhor, obviamente sobre o meu ponto de vista, que até pode não ser o mais correcto.


Fui e vou escrevendo sozinho, e com o conhecimento de uns, muito poucos amigos, até que achei e incentivado por estes, que a minha mensagem podia começar a chegar um pouco mais além. A Vinte e oito de Junho decidi abrir o Blogue a comentários do exterior com moderação, e coloquei um simples contador de visitas para analisar afinal se valia a pena continuar na blogosfera. A resposta não se fez esperar e hoje dezanove de Setembro o blogue atingiu o número de mil visitantes, vindos sobretudo do norte de Portugal, ultimamente muitos da nossa região, mas também com visitas e participações do Brasil, Estados Unidos da América, França, Espanha, Suíça, Holanda, Inglaterra e outros. É pouco, bem sei, quando comparado com blogues da nossa região que têm essas visitas diariamente, mas a mim dá-me alento para continuar neste caminho solitário mas sabendo que vos tenho por perto.


Não tenho qualquer tipo de pretensão com a minha escrita a não ser a de dar a minha opinião livre, de um Homem livre, que anda minimamente atento à realidade global, e sobretudo às questões nacionais e regionais.


Confesso que na minha juventude fui activista partidário e cheguei mesmo a ser deputado municipal nos anos idos de 1979, tendo tido uma recaída (não me arrependo) em 1989, ano em que fui eleito para uma Assembleia de Freguesia do concelho e pertenci à direcção de uma colectividade. A partir dessa data nunca mais participei fosse no que fosse dedicando-me de alma e coração à minha família e actividade profissional que me tomavam por completo o tempo.


Hoje, sou um cidadão, ex-operário, ex-técnico, ex-empresário, desempregado à força sem qualquer tipo de subsídio, um cidadão anónimo, e que assim se quer manter, mas que ainda tem muito para dar a esta sociedade que se quer mais justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.


É evidente que o período eleitoral que atravessamos nos permite a todos ter um maior papel critico sobre o que se passa na sociedade, e nos leva a participar quer em blogues como este, quer em fóruns, quer em simples conversas de café ou mesmo participando na prática na vida politica, através da inclusão em listas candidatas sobretudo às autarquias, pois às legislativas isso está guardado para muito poucos.


Mas passado este período, devemos de forma clara ir tomando posição sobre o que se vai fazendo de melhor e pior em todos os locais. Temos de ter espírito crítico, e estar presentes na vida pública e politica para que aqueles que ajudamos a eleger não se esqueçam que existimos como têm feito de há cerca de 30 anos a esta parte. Não nos deixemos vergar pela soberba do poder.


Obrigado por me aturarem.



O despencar técnico





Copyright: HenriCartoon

Gatos Fedorentos - Entrevista a Paulo Rangel


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tributo a Patrick Swayze


O corpo de Patrick Swayze, que morreu aos 57 anos na passada segunda-feira, após uma dura batalha contra um cancro no pâncreas que lhe foi diagnosticado em Fevereiro de 2008, foi cremado ontem em Los Angeles.




Portugal tem um novo desempregado a cada quatro minutos

O Povo Português tem de estar atento a esta realidade criada pelas politicas neo-liberais practicadas pelo sucessivos Governos deste País (PS+PSD+CDS).


Entre Agosto de 2008 e o mês passado os centros de emprego do IEFP registaram, em média, um novo desempregado a cada quatro minutos, segundo dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A 27 de Setembro temos de castigar os culpados.

O Limite do cinismo acabou de ser ultrapassado !

A presidente do PSD considerou hoje que o PS trouxe o medo a Portugal como não acontecia desde o 25 de Abril, que as pessoas temem ser escutadas, e propôs-se devolver a liberdade ao país.

Manuela Ferreira Leite falava em Aveiro, num "jantar convívio"
"Aquilo que o PS trouxe foi medo, medo. As pessoas têm medo", declarou.

Não resisto a colocar de novo este video (desculpem a maçada)


Mais uma Sondagem


18-09-2009 - da SIC
O Povo ainda tem tempo de contrariar esta sondagem pois na amostragem diz-se que 15% podem mudar a intenção de voto

Novo Plano de Ordenamento em vigor na Serra da Estrela

O novo Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra de Estrela (PNSE) está em vigor desde o passado dia 9, data da sua publicação em “Diário da República”.

De acordo com o Governo, o documento, que abrange a totalidade do concelho de Manteigas e parte dos concelhos de Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda e Seia, destina-se «a garantir a conservação da natureza e da biodiversidade, a manutenção e valorização da paisagem, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento económico das populações locais».

O seus objectivos fundamentais são, entre outros, promover a conservação dos valores naturais da Serra da Estrela e o desenvolvimento rural, enquadrando as actividades humanas «através de uma gestão racional dos recursos naturais, tendo em vista o desenvolvimento sustentável». Recorde-se que o Plano inicial, em discussão pública até Outubro de 2008, proíbe toda e qualquer construção em mais de 24 por cento da área do PNSE por causa dos recursos biológicos e geológicos únicos no mundo referenciados nas duas áreas de protecção especial definidas na proposta de Plano de Ordenamento (PO). Isso só será possível abaixo dos 1.800 metros de altitude, mas nos núcleos urbanos já existentes ou na sua periferia, situados maioritariamente nas outras duas áreas de protecção (especial de tipo 3 e complementar), onde já reside a grande maioria da população serrana. O objectivo é reduzir ao mínimo possível a permanência humana em zonas de reserva biogenética e classificadas como Rede Natura para não comprometer a qualidade ambiental deste território.

Já a problemática questão do eventual alargamento dos perímetros urbanos das 79 freguesias incluídas no parque natural ficou resolvida a favor dos autarcas. É que a proposta do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) remetia a sua alteração para o âmbito da revisão dos respectivos Planos Directores Municipais (PDM), uma vez que o PO «não é de natureza urbanística». Mesmo assim, o documento não foi consensual entre os autarcas dos seis municípios que integram um dos parques naturais mais antigos do país. Na altura, as Câmaras da Covilhã, Gouveia e Seia manifestaram divergências, resta saber se foram aceites pelo ICNB e incluídas na versão final do documento, que aguarda publicação em “Diário da República”.

Quatro níveis de protecção

A área de protecção especial de tipo 1, a mais restritiva, ocupa 5.935 hectares (6,7 por cento da área total do parque) e equivale à zona A da Reserva Biogenética do Planalto Superior. Ali encontram-se os «espaços onde predominam sistemas e valores naturais de interesse excepcional, incluindo formações geológicas e paisagísticas com elevado grau de naturalidade, e que apresentam no seu conjunto um carácter de elevada sensibilidade ecológica», refere o Plano de Ordenamento.

Na área de protecção especial de tipo 2 (15.478 hectares) fica a zona B da Reserva Biogenética do Planalto Superior e outras áreas de elevado valor biológico, como a Serra de Baixo, Piornos, Serra da Alvoaça, mata de Casal do Rei, Santinha e Belarteiro. No nível 3 (24.694 hectares), que serve de tampão entre a zona de maior valor ambiental e paisagístico do maciço central, estão incluídos sítios como o planalto de Videmonte, o Corredor de Mouros, o Souto do Concelho, o Espinhaço do Cão, o Vale de Loriga, a encosta de S. Bento, Santo Estêvão, a cumeada da Santinha e o Souto de Famalicão. Finalmente, na área de tipo 4 – o nível mais baixo de protecção – estão localizados os principais núcleos urbanos do parque e terrenos com vocação agrícola.

In Jornal o Interior

Gatos Fedorentos - Entrevista a Francisco Louça


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Entrevista de Luís Garra ao Jornal do Fundão

“Não estamos condenados a este bailinho PS-PSD”
 
Luís Garra volta, dez anos depois, a dar a cara pela CDU como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, distrito que há muito se habituou a vê-lo em acção, encabeçando acções contra o encerramento de unidades fabris e despedimento de trabalhadores. O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco e candidato a deputado em grande entrevista
JORNAL DO FUNDÃO – O PCP sozinho ou liderando as coligações APU e CDU, nunca conseguiu eleger um deputado pelo círculo eleitoral de Castelo Branco. O que pensa que poderá vir a ser diferente este ano para que possa assegurar a eleição?
LUÍS GARRA – Disse, e disse bem, que a CDU nunca elegeu um deputado e convém recordar que já esteve a 79 votos de eleger um deputado pelo distrito de Castelo Branco. E há, neste momento, elementos que introduzem factores de confiança que creio que importará serem aqui realçados. Desde logo, o facto de eu ter mais dez anos em relação à última vez em que fui candidato. Tenho mais experiência, mais conhecimento da realidade...
E é mais popular?
Não é nesse sentido que me coloco...
Visibilidade?
Nem é uma questão de visibilidade. Sinto-me melhor preparado para exercer essa função e creio que o eleitorado também percebe isso. Depois há outro elemento: os eleitos da CDU, e particularmente eu, estamos cá todos os dias, damos a cara nos bons e nos maus momentos das pessoas. Estamos cá e as pessoas sabem que podem contar connosco, que podem falar connosco, fazerem-nos perguntas e sabem que têm uma resposta. Pode não ser a melhor resposta, mas têm-na, não há um virar de costas às populações. Depois, há um quadro que é extremamente claro: o PS apresenta um não-candidato porque ele já foi eleito várias vezes deputado pelo distrito e José Sócrates abandonou o distrito, lançou-o na desertificação, no abandono, no envelhecimento e as pessoas sabem que não é pelo facto de terem um Primeiro-Ministro, que até é da Covilhã, que o distrito melhorou, que as condições de vida das populações melhoraram.
Em relação a outros candidatos...
Por outro lado, o PSD apresenta um candidato que não é do distrito, não conhece o distrito, não sabe o que é o distrito, não sente o distrito. É um pará-quedista que não é candidato para resolver os problemas das pessoas. É candidato para seguir a estratégia da líder que o nomeou. E depois temos outros candidatos. Aqui há dias uma pessoa com quem falava disse-me: “Eu gosto muito do Louçã”. E eu perguntei-lhe: “Mas você sabe quem é o candidato do Bloco de Esquerda por Castelo Branco?” “É o Francisco Louçã”. Não é. O Francisco Louçã é candidato por Lisboa, os votos das pessoas do distrito de Castelo Branco não contam para eleger Francisco Louçã. Mas quando pergunto se sabem qual é o candidato do BE, não sabem.
Mas não acha que essa é uma visão generalizada?
Mas o que estou a tentar dizer é, primeiro, não estamos a fazer eleições para Primeiro-Ministro, estamos a eleger deputados. Serão eles, depois que irão eleger o programa de governo, o governo e o seu Primeiro-Ministro. Vão eleger deputados do distrito de Castelo Branco.
A ideia da necessidade de uma ruptura com as políticas protagonizadas pelos partidos no poder nos últimos 30 anos não tem passado. E a prova é que a CDU não tem conseguido chegar aoParlamento por Castelo Branco. Não lhe parece que era preciso incluir algum dado novo, algo mais, para que pudesse ter lugar na Assembleia da República (AR)?
Entendo das suas palavras uma coisa muito positiva: o sentimento de que era importante que eu fosse eleito. Repare que ouço isso em muitos lados por onde passo. Não há proprietários de votos. O PS e o PSD têm uma concepção de que isto se vai decidir a dois, o povo é um povo amorfo, o povo não tem forma de pensar, aquilo que importa é esta bipolarização, a alternância entre PS e PSD e PSD e PS, em que sai um e entra o outro. A questão de fundo é as pessoas perceberem que não estamos condenados a esta alternância e a este bailinho que, no fundo, não resolve os problemas. Diz-me que a mensagem não passa, mas estamos a fazer um esforço para que passe. Agora, é evidente que os meios são desproporcionados.
Para chegar à AR, ainda para mais por um distrito que elege apenas quatro deputados, precisa crescer eleitoralmente – e muito. Onde é que pensa ir buscar os votos? Há uma luta muito particular entre a CDU e o BE pelos votos do eleitorado descontente à esquerda do PS?
Não. Repare, quem está preocupado com o BE é mais o PS do que propriamente a CDU. Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu (PE), como sabe, a CDU cresceu. No distrito de Castelo Branco teve mais votos para o PE do que tinha tido há quatro anos para a AR. Não é apenas um crescimento percentual, é também um crescimento em número de votos.
Mas o BE também subiu...
Mas depois quem é que perde muitos votos? É o PS, em que uma parte deles vai para a abstenção – estamos a falar do PE –, outra parte terá vindo para o PCP, porque senão não cresceria, e uma parte foi para o BE. Nós não temos qualquer concorrência com o BE por uma razão muito simples: não está em causa se o BE é ou não de esquerda. Essa questão não se discute hoje. O problema é se é a força consequente que o PCP é. E a esse nível pensamos que não é. Que não é o facto de introduzir nuances novas no discurso que introduz consistência ideológica num projecto. É uma amálgama de ideias e depois tem esta função, de facto, que não é de tirar votos ao PCP – é de impedir que o PCP cresça mais. E aí creio que isso é prejudicial para a alternativa.
Acha que o BE é mais eficaz a captar votos de descontentes com o PS do que a CDU?
O voto na CDU é um voto difícil...
...ainda há um ressentimento histórico entre o PCP e o PS?
Eu li a entrevista do cabeça-de-lista do BE ao Jornal do Fundão e à Rádio Jornal do Fundão e há uma coisa que muito sinceramente não gostei. O Louçã, de certeza absoluta, não se revê naquele tipo de afirmação porque é mentirosa. E é feio um professor mentir porque dá mau exemplo aos alunos. Dizer que não há diálogo à esquerda porque o PCP não quer é uma falácia. Aliás, quem assistiu ao debate entre Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã facilmente percebeu que há ali um esforço consistente de procurar aquilo que é comum e deixar de lado aquilo que os separa. E, portanto, acho que foi de mau tom, foi grosseiro, até, ter introduzido um elemento que, ainda por cima, não é rigoroso, não é verdadeiro, é mentiroso. Nunca houve recusa nenhuma do PCP ao diálogo com o BE e se até quisermos fazer uma retrospectiva histórica e breve verificaremos que quem teve um processo de exclusão do PCP no chamado diálogo das esquerdas foi o BE que organizou aqueles encontros do Trindade, etc., excluindo o PCP. Mas isso serve de ressentimento? Não serve absolutamente nada.
Qual é a primeira medida que urge implementar no distrito, nomeadamente no sector do emprego?
Todas. Não há uma medida. Repare, isolar, neste momento, as políticas é o pior erro que pode acontecer. As medidas do emprego têm que estar articuladas com as políticas económicas, com as políticas do desenvolvimento. Têm que estar simultaneamente articuladas com políticas de valorização do trabalho e, depois, têm que ter uma dimensão social, onde os aspectos da educação, do ensino, da saúde, da segurança social, da justiça estejam perfeitamente interligadas. Tem que estar interligadas, também, com a garantia dos direitos dos cidadãos. Perguntar-me-á para o plano do emprego, que políticas económicas activas? Que se privilegie o aparelho produtivo. Esta é a questão central do desenvolvimento.
E como é que isso se alcança?
Com investimento...
... com investimento, com redução de impostos, com políticas diferenciadas?
O mais fácil neste quadro é propor o abaixamento de impostos. O PS propôs há quatro anos baixar os impostos e quando lá chegou aumentou-os. O problema, mais do que estar aqui a decidir – até porque essa não é uma questão que o deputado do distrito de Castelo Branco tenha que decidir – tem que haver discriminação positiva do interior, tem que haver uma política de solidariedade do todo nacional para com o interior, onde se inclui o distrito de Castelo Branco. Isso sim. Se é através da redução de impostos, se é através da redução da taxa do IVA para as micro, pequenas e médias empresas, para os agricultores, por exemplo... são tudo medidas que podem e devem ser articuladas. Agora o problema do emprego tem a ver com esta orientação central: aparelho produtivo. Não é preciso mais dinheiro, mas basta que haja uma reorientação dos investimentos. Aquilo que se está a fazer com os apoios cegos ao sector financeiro, aquilo que se está a perder com as offshores é um escândalo. Era suficiente para canalizar investimentos dirigidos ao interior e ao aparelho produtivo. Tem que haver opções políticas. Estamos cá para servir quem? Os mais desfavorecidos, os que mais precisam ou os grandes senhores do capital, os que mandam em tudo?
É sindicalista e disso não nos podemos abstrair. Qual é a sua previsão do desemprego que podemos ter no distrito no final do ano?
Gostaria de ser um anunciador de boas notícias, mas quero-lhe dizer, infelizmente, que temo que se vá agravar mais o desemprego, que haja situações ainda muito complicadas.
Nesta altura serão dez mil os desempregados?
Com todos os abatimentos, com todas as falsificações de números, manipulações de números, não conseguem fugir dessa referência. E, muito sinceramente, creio que ainda há alguns factores de preocupação quanto ao seu agravamento. Tenho vivido situações que, reconhecerão, são muito penalizadoras para nós próprios. Eu vejo pessoas a chorar e choram porque querem defender as empresas, não conseguem viver porque não têm salário; têm que comprar os livros para os filhos, porque têm que pagar a casa, o carro. São situações que me deixam profundamente abalado e triste.

Nuno Francisco e Dulce Gabriel


Gatos Fedorentos - Entrevista a Paulo Portas

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Gatos Fedorentos - Entrevista a Manuela Ferreira Leite

Gatos Fedorentos - Entrevista a José Socrates

A desfaçatez a desvergonha o dilate de Carlos Pinto

Ainda esta semana vai a meio e já fui bombardeado por duas vezes com panfletos publicitários do candidato do Partido da Covilhã (leia-se PSD).
O primeiro foi emitido pelo candidato Carlos Pinto em papel timbrado da Câmara Municipal para anunciar uma obra reclamada pelos moradores da freguesia de Boidobra há já cerca de oito anos, pela voz e escrita do seu Presidente de Junta. O requinte da carta leva a que, incluso faça chegar a planta onde a obra se vai realizar. Confesso que quando recebi o dito cujo, a única coisa que me lembrou foi de fazer as contas de quanto teria custado aos munícipes este panfleto de campanha eleitoral do PSD e cheguei ao valor de mais ou menos 2.500.00 €, isto se foram impressos tantos panfletos quantos os fogos existentes na freguesia. Que falta esse dinheiro faria para pagar a fornecedores com facturas em atraso. Mas mais grave é o município gastar este dinheiro para fazer campanha partidária o que chega a ser obsceno.
Mas hoje a saga continuou, e para meu espanto, recebi na caixa de correio, não 1 ou dois mas sim 3 papelinhos do mesmo candidato. Um faz anunciar que o candidato estará amanhã no largo da igreja o que me parece perfeitamente normal. O que de anormal tem o papelucho é dizer isto “Assinatura de compromisso eleitoral com o cabeça de lista do PSD à Assembleia de Freguesia e Associações da Freguesia da Boidobra” mas mais, “assinatura de contrato eleitoral entre Carlos Pinto, candidato à Câmara da Covilhã e o cabeça de lista do PSD à Assembleia de Freguesia”. Então é assim: Se o Partido da Covilhã ou PSD (ninguém entende a trapalhada) ganhar as eleições na Freguesia da Boidobra vai haver obra senão que se danem. Chama-se a isto, chantagem, Sr. Carlos Pinto. Lembro que já nas eleições anteriores o mesmo figurante fez a mesmíssima coisa e isso leva-me ao segundo papelinho, (programa eleitoral do mesmo partido) que diz;
Titulo: Compromisso conjunto Câmara/Freguesia da Boidobra. Logo o título contém um grande e grave equivoco Sr. Carlos, então se é um compromisso entre as duas autarquias não o deviam assinar, ou melhor, já ter assinado com o actual Presidente de Junta?
Senão vejamos o rol de obras exigidas pela freguesia na pessoa do Sr. Prof. José Pinto que tanto tem feito por esta população desde 1989 e que este Presidente de Câmara teimosamente e de forma sectária tem recusado pela simples razão de esta freguesia ser a única do concelho da Covilhã governada por gentes ligadas, ou simpatizantes da CDU. Esta é a freguesia considerada modelo, mas que se afigura como uma espinha na garganta do candidato daquela coisa que eu não sei bem o que é. Ai vai o rol de pedidos feitos que receberam um não por parte do Sr. E agora contempla no seu programa.
1. Construção de variante à Boidobra;
2. Construção do Pavilhão Desportivo;
3. Construção do Relvado sintético, no Bairro da Alâmpada;
4. Requalificação dos arruamentos e iluminação pública no centro histórico;
5. Aquisição e reconversão de imóveis degradados no centro histórico;
6. Construção da Sede da Junta de Freguesia;
7. Alargamento da estrada de acesso ao CCD – Estrela do Zêzere;
8. Construção de passagem de nível desnivelada;
9. Construção do parque infantil da Quinta Branca.
O Programa inclui ainda mais quatro larachas de verbo político para não cumprir e que me abstenho de transcrever.
A isto digo: Sr. Carlos veja se tem vergonha na cara, pois é feio enganar as populações.
 
Terceiro e último papelucho desta vez com o nome de Jornal de candidatura. Retirei algumas passagens que me parecem interessantes começando desde logo pelo curriculum vitae do candidato que felizmente não se auto intitulou de Dr. ou Eng., mas que mesmo assim fez questão de dizer que é diplomado em qualquer coisa. Ignorou desde logo, talvez de propósito quem sabe, a sua passagem como deputado municipal nos anos idos de 1979, em que algumas vezes fora mandado calar pelos próprios pares de partido porque o homem nessa altura tinha enormes dificuldades em articular uma frase completa. Talvez por isso mesmo, hoje trate este órgão autárquico com o desdém, arrogância e prepotência que se conhece.
Nas páginas centrais afirma; “A Covilhã não é propriedade de nenhum partido político”. Tem toda a razão Sr. Carlos. Mas o Sr. engana a população covilhanense ao afirmar que se candidata pelo Partido da Covilhã, (última página do panfleto) quando na verdade, verdadinha, candidata-se pelo PSD, não se coibindo de criticar os outros candidatos, afirmando que estão reféns de partidos políticos.
Mais uma vez Sr. Carlos, tenha vergonha na cara.
A provar mais uma vez o que afirmo é o facto de na última página regozijar-se pelo facto do PSD apresentar listas às 31 freguesias do concelho da Covilhã. Mas é PSD ou Partido da Covilhã? No que ficamos afinal?
Mais uma vez Sr. Carlos, tenha vergonha na cara.
Uma última nota para dar conta que, e também na última página afirma que iniciou o porta a porta ao encontro dos Covilhanenses para com humildade pedir o seu voto. NÃO RESISTI E DEI UMA IMENSA GARGALHADA. Humildade????????
Mais uma vez Sr. Carlos, tenha vergonha na cara.
Nota: Não coloco fotos do candidato porque não quero ser conotado como seu apoiante. Chiça!