sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bloco levado ao colo pelas sondagens

Ainda hoje se discute a problemática das sondagens e, os seus erros grosseiros nas eleições Europeias, e eis que já voltam á ribalta a lançar a confusão nos eleitores.

Numa sondagem hoje publicada e elaborada ou mandada elaborar pelo Correio da Manhã a par das muitas que irão surgir nos próximos tempos, esta dá um empate técnico entre os dois maiores partidos políticos com ligeiríssima vantagem para o PS de apenas 0.2%.

Esta sondagem revela também que se a votação fosse exclusivamente para o Primeiro-Ministro então José Sócrates infringiria uma pesadíssima derrota a Ferreira Leite com uns expressivos 13.3% de diferença de votos.

No entanto e como já vem sendo hábito esta sondagem atribui uma subida vertiginosa ao Bloco (esquerda que fala e nada faz) para os 13,3% sendo que a CDU tal como o CDS parecem tender a desaparecer nestas sondagens de hoje, o que de resto já não é novidade pois nos últimos anos tem sido sempre assim.
No caso destes dois partidos a sondagem traduz uma descida significativa em relação às eleições Europeias o que de todo me parece tendencioso.

O País tem assistido sistematicamente ao favorecimento do Bloco, quer pela comunicação social escrita, quer pela própria TV, e, nos últimos tempos também nos ditos estudos de opinião (sondagens).

A quem interessa este favorecimento?

Ao PS, para que no caso de vitória em 27 de Setembro sem maioria absoluta, poder oficializar o casamento? Sim, porque união de facto já vai havendo aqui e ali.

Ao PSD, porque sabe que o hipotético crescimento do Bloco se deverá aos descontentes do PS e assim chegar ao Poder?

Constato, não só de agora evidentemente, que a comunicação social, e sobretudo as sondagens fabricadas têm muita força no sentido de manipulação de opiniões.

3 comentários:

  1. Com o objectivo de propor sugestões sobre as medidas a apresentar para o sector, a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) criou uma comissão para estudar a situação das sondagens.

    A ERC criou uma comissão para efectuar um diagnóstico sobre a situação das sondagens. Entre os responsáveis estão Vidal de Oliveira, especialista em sondagens, Helena Niculau, professora da Faculdade de Ciências de Lisboa, e Fernando Cascais, presidente do Cenjor.

    A comissão surge com o objectivo de propor sugestões sobre as medidas a apresentar para o sector. A entidade disponibilizará ainda no seu site as fichas técnicas de todas as sondagens publicadas pelos órgãos de comunicação social.

    De acordo com a deliberação divulgada, esta quinta-feira, pela ERC, esta última medida visa responder à necessidade de assegurar uma «maior informação e transparência ao público sobre as sondagens».

    ResponderEliminar
  2. O vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues anunciou ontem que o PS rejeitará o projecto de lei do CDS-PP para proibir a publicação de sondagens durante os períodos de campanha eleitoral, admitindo abertura para, no futuro, “medidas de aperfeiçoamento”.
    O deputado socialista considerou que seria “um retrocesso” proibir a publicação das sondagens, cujo valor para os portugueses “é relativo”, manifestando no entanto a disponibilidade da sua bancada para "um debate sobre medidas de aperfeiçoamento” ao actual regime.
    "É através das sondagens que os senhores sentem alguma felicidade, ganham sempre às sondagens", ironizou, afirmando depois que "não é proibindo as sondagens que se resolve o problema".
    Na abertura do debate, o deputado do CDS-PP Pedro Mota Soares pediu a aprovação do diploma afirmando que a proibição da divulgação dos resultados de sondagens em campanha eleitoral poderia ser até uma “medida transitória” que permitisse uma “discussão séria” sobre a forma como são realizadas as sondagens sobre eleições ou referendos.
    Do lado do PSD, o deputado Campos Ferreira admitiu igualmente que “os institutos e empresas de sondagens não têm transmitido uma imagem de competência e credibilidade” o que, disse, pode suscitar “suspeições sobre a seriedade na realização de quem as faz”.
    Do lado do PCP, o deputado Bruno Dias lembrou que o PCP votou contra o actual regime de sondagens, e considerou que muitas vezes a divulgação das sondagens nos últimos dias da campanha funciona como “peças de mecanismo de manipulação, deturpação e condicionamento do eleitorado”.
    Para o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, as sondagens “estão no banco dos réus da opinião pública” e mostraram nas últimas europeias um “resultado clamoroso”.

    ResponderEliminar
  3. No dia seguinte à demissão de Pinho, depois de ter aplaudido a sua saída do Governo, teve um elemento da sua direcção a brindar ao demissionário no seu jantar de despedida.

    António Chora, membro da Comissão Política do Bloco – o politburo do partido – explica: «Fui como membro da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, como membro da comissão política do BE não teria ido».

    A direcção do BE, embaraçada, reagiu com prudência, demarcando-se de Chora, mas evitando criticá-lo. O SOL tentou obter comentários de vários dirigentes, mas as respostas variaram de «não comento esse assunto» (João Semedo) e «não falo sobre isso» (Miguel Portas)

    ResponderEliminar