A Polícia Judiciária investigou um novo caso de portugueses a trabalhar em regime de escravatura em Espanha. Os trabalhadores eram contratados em Portugal por três pessoas que foram agora acusadas de sequestro, tráfico de pessoas e escravidão.
As vítimas eram levadas para Espanha para trabalharem em explorações agrícolas. Em troca, os angariadores prometiam-lhes o ordenado mínimo, alojamento e alimentação. Ao chegarem a Espanha a realidade era outra. As vítimas eram agredidas pelos angariadores com alguma frequência. Ao que tudo indica, os donos das explorações agrícolas desconheciam toda a situação. A denúncia de uma das vitimas colocou a Polícia Judiciária em campo. Quatro anos depois, o Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, em colaboração com as autoridades espanholas, identificou os presumíveis autores dos factos. São três portugueses da mesma família. Pai, mãe e filho têm residência na zona do Fundão, mas nesta altura vivem em Espanha. O filho, um homem na casa dos 30 anos e a cumprir pena de prisão em Espanha por outros crimes, seria o mentor do esquema. Os três suspeitos andavam pelas aldeias da Cova da Beira, aliciavam os trabalhadores e levavam-nos para Espanha de carro. São agora acusados dos crimes de sequestro, tráfico de pessoas e escravidão. Deverão ser julgados em Portugal. De acordo com uma fonte citada pela agência Lusa, as vítimas são todas do sexo masculino, têm entre 20 e 40 anos e são pessoas com alguma debilidade mental.
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