O email está de parabéns. Hoje dia 29 de Outubro, quinta-feira, assinala-se a data de envio da primeira mensagem de correio electrónico. Por aquela altura o homem tinha acabado de chegar à Lua, os festivaleiros de Woodstock já tinham rolado na lama e as calças à boca-de-sino pareciam estar prestes a dominar o mundo. No meio de tanta agitação a Internet ganhava forma, graças ao projecto Arpanet (Advanced Research and Projects Agency), financiado pelas autoridades americanas e o email dava os primeiros passos a caminho daquilo que é hoje.
Em bom rigor uns anos antes, desde 1965, existiam já relatos de sistemas que começaram a trabalhar com sucesso a troca de mensagens. Primeiro entre utilizadores de um mainframe e daí para o email em rede. Mas o que ficou para a história como data do envio da primeira mensagem electrónica enviada para computadores situados em locais distantes foi mesmo a dos investigadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, através da Arpanet, que apenas um mês antes tinha estreado o seu primeiro nó de ligação entre dois pontos.
A equipa de investigadores que liderou a invenção, à procura de uma forma de assegurar a comunicação entre máquinas, era liderada por Leonard Kleinrock que já afirmou em diversas entrevistas que à data não era possível antever o sucesso do email e o espaço que uns singelos 40 anos depois viria a ocupar nas nossas vidas. Seja na troca pessoal de informação, na relação entre as empresas ou na própria relação entre Estado e organismos públicos com os contribuintes
Curioso é também saber qual foi afinal a primeira mensagem de correio electrónico da história. A resposta é LO. Um código entre investigadores? Não, uma falha do sistema que deixou a mensagem a meio. A ideia era escrever Login. O destinatário da mensagem foi Douglas Engelbart do Stanford Research Institute.
Só uns anos mais tarde chegou a famosa @. Quem escolheu o símbolo para separar as duas partes que compõem o endereço de correio electrónico foi Ray Tomlinson, que enviou a primeira mensagem usando o símbolo em 1971.
Hoje o correio electrónico continua a ser uma das ferramentas mais utilizadas no computador. Já deixou aliás de ter acesso exclusivo a partir desta plataforma e está também disponível através de outros dispositivos, como o telemóvel.
É também um dos veículos preferidos para afazer circular algumas das piores ameaças informáticas e muita, mas mesmo muita, publicidade. O spam - mensagens de correio electrónico não solicitadas - representa hoje mais de 90 por cento do tráfego de correio electrónico e é um verdadeiro desafio para quem oferece serviços nesta área. É também uma das formas mais comuns de combinação da publicidade não desejada com as ameaças informáticas: mensagens que incluem vírus.
Outra novidade interessante na história do correio electrónico foi o lançamento de serviços gratuitos, que complementam a oferta de serviços pagos e integrados no software do PC. Os serviços gratuitos, onde o GMail, Hotmail, Yahoo Mail são hoje referências são uma das mais fortes provas relativamente à maturidade do email e aos níveis de adesão que conseguiu. Tanto, que as empresas podem oferecer o serviço gratuitamente e conseguir os seus lucros através de serviços adicionais.
Outra nota importante é a capacidade do email que também nos serviços de acesso gratuito tem crescido até perder os limites - para quem não esquece o nível de actualização razoável, claro -. Estas constantes actualizações de espaço disponível ilustram bem o quanto passa e fica nas caixas de correio electrónico actualmente
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