sábado, 10 de outubro de 2009

Eleições Autárquicas na Covilhã

Agora que está a terminar a campanha para as eleições autárquicas do próximo domingo dia 11 de Outubro, estou em condições de poder fazer uma análise sucinta mas clara e objectiva, sobre o que os diversos candidatos aos três órgãos autárquicos do concelho fizeram ao longo destes últimos quinze dias. Neste período só esporadicamente escrevi sobre a campanha em curso e em blogues da região nunca no nosso Ouro da Estrela. Juntei dezenas de panfletos de propaganda dos diversos candidatos para melhor poder avaliar das propostas de cada um e assim poder votar em plena consciência. Vou escrever apenas e só, sobre os candidatos à Câmara Municipal da Covilhã, sendo que na freguesia onde resido a decisão está tomada desde há muito tempo e sem vacilar. Vou votar, talvez num dos melhores presidentes de Junta que o concelho da Covilhã já conheceu, pelo seu trabalho, a sua frontalidade, a sua dedicação aos problemas da população, e sobretudo pela sua honestidade. Voto no Prof. José Pinto, cidadão independente que concorre nas listas da CDU.
Assim:


PPD/PSD/PC/CMP – Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata / Partido da Covilhã ou Covilhã o meu partido como alguém também já chamou, tal é a confusão que espalharam pelo concelho. Aproveitando-se de dinheiros públicos, este partido ou partidos decidiram em plena campanha eleitoral lançar o luxuoso boletim municipal dando particular ênfase ao 1º candidato da lista. Aproveitou de igual forma, para dar largas a inúmeras inaugurações de obras, algumas delas absolutamente desnecessárias e bastante onerosas para o erário público, com fins meramente eleitoralistas. Quanto a propostas, lamentavelmente, limitou-se esta candidatura a apresentar aquelas que já anteriormente tinham sido feitas e não cumpridas em mandatos anteriores. No entanto algo me diz que nem tudo corre bem, pois nunca se viu em eleições anteriores o Sôr Pinto trabalhar tanto numa campanha eleitoral, dando a ideia que afinal nem tudo são favas contadas, ou então um medo terrível que não consiga ganhar com maioria absoluta como tem acontecido em anos anteriores. Não me vou alongar mais sobre a candidatura pois não estou interessado em lhe dar cobertura, ou melhor, a esta candidatura o MEU CARTÂO VERMELHO, por todas as razões e mais uma, não tolero a arrogância, a sobranceria menosprezadora, a insolência nem a prepotência.


PS – Partido Socialista. Confesso que não gosto particularmente da postura do 1º candidato Dr. Victor Pereira, mas dou-lhe os parabéns pelo esforço nesta campanha. Nem sempre soube lidar com o Sôr Pinto, colocando-se a jeito para que este o “humilhasse” nos diversos debates. Lida mal com os números, não consegue passar a mensagem como está no seu programa, logo presa fácil para o hábil edil. O PS gastou uma pequena fortuna, tal como o PC/CMP, nesta campanha, que mesmo assim, temo ou quase tenho a certeza, não serem suficientes para ganhar seja o que for. Um erro lamentável foi o de terem optado pelo copy paste nos programas para as diversas freguesias do concelho com pequeníssimas variantes de umas para as outras. Este erro vai ser pago caro nas urnas se a população estiver atenta.


BE – Bloco de Estrela, sim estrela porque a mim custa-me dizer esquerda, na justa medida em que o 1º candidato nunca existiu, não existe nem vai existir. Uma nódoa no panorama político partidário do nosso concelho. Se o BE tiver uma forte votação vai dever-se somente à onda de vitória que este movimento teve nas eleições legislativas de 27 de Setembro, não pelas suas propostas para o concelho e muito menos por um candidato fraco, pouco trabalhador, quase, mas não intelectual ou seja inexistente. Espero sinceramente que a população do concelho não vote como se de um clube de futebol se tratasse, tipo sou do Benfica e pront's.


CDU – Coligação Democrática Unitária, Não conheço pessoalmente Jorge Fael, mas surpreendeu pela positiva. Não é um Homem de cativar a população com discurso acutilante, mas mostrou estar à altura dos desafios que lhe foram colocados. Nos debates foi o único que conseguiu pôr em sentido o Sôr Pinto, demonstrando-lhe por A mais B que mentia com os números. Apresentou propostas concretas para um desenvolvimento sustentado e de futuro para o concelho. Não embarcou em propostas inatingíveis como o candidato do PS apostou, foi sério, prevendo que as dificuldades da Câmara ao nível financeiro são tantas que não irá ser fácil, colocar em marcha obras de relevo. Fez ver que o cidadão quer ver resolvidas as dificuldades mais prementes em cada uma das suas freguesias e não obras faraónicas que por norma impedem de se realizarem pequenas reparações como por exemplo manter limpas as sarjetas, para que quando chegue o inverno não se verifique o que aconteceu nesta ultima semana com as fortes chuvadas que caíram. A Gestão autárquica quer-se para resolver os problemas das populações e não para ficar na história por se construir esta ou aquela ponte este ou aquele buraco negro (silo auto do Pelourinho).


CDS/PP – Centro Democrático Social / Partido Popular, tirando o candidato do BE, talvez este senhor seja o mais fraco dos candidatos. Sem propostas, muita prosa, muita letra, pouco ou nenhum sumo. Confundiu-se inúmeras vezes com o candidato do PC/CMP, pelo que apetece perguntar porque apresentou lista separada e não em coligação com o Sôr. Pobre muito pobre.


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