(Reuters) - Elisabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak ganharam o Prémio Nobel de Medicina ou Fisiologia de 2009 por seu trabalho com cromossomas.
A seguir, detalhes da biografia dos vencedores:
ELIZABETH H. BLACKBURN
É bióloga molecular e bioquímica, responsável por importantes pesquisas sobre o DNA (ácido desoxirribonucleico) e a divisão celular, que deu origem a uma nova linha de investigação sobre as bases químicas da vida.
Ela descobriu uma importante enzima, a telomerase, que é necessária para que os cromossomas façam cópias de si mesmos, antes da divisão celular. Isso teve aplicações no estudo do comportamento cromossômico e de certas doenças, como infecções por fungos e o câncer.
Blackburn, que tem cidadania dos EUA e da Austrália, nasceu em Hobart, no sul da Austrália, em Novembro de 1948. É filha de médicos, o que influenciou precocemente no seu interesse por essa área.
Ela se formou em 1970 na Universidade de Melbourne e concluiu pós-graduação no ano seguinte. Em 1975, doutorou-se em biologia molecular pela Universidade de Cambridge, onde conheceu o pesquisador de biologia norte-americano John Sedat, com quem se casou. Por razões profissionais e pessoais, radicou-se em seguida nos EUA.
No seu novo país, começou as pesquisas com telômeros, que ajudam os cromossomas a permanecerem estáveis e inteiros, garantindo o sucesso do ciclo de replicação do DNA. Em 1978, tornou-se professora - assistente da Universidade da Califórnia, Berkeley, onde faria suas importantes descobertas sobre os cromossomas e o DNA.
Em 1990, transferiu-se para a Universidade da Califórnia, San Francisco, onde actualmente lecciona na cátedra Morris Herzstein de Biologia e Fisiologia.
Em 2004, foi demitida do Conselho de Bioética do governo de George W. Bush por criticar as restrições da Casa Branca às pesquisas com células - tronco embrionárias. No começo deste ano, ela declarou que "o governo anterior tinha essa estranha impressão de que a ciência era inimiga da moralidade".
CAROL W. GREIDER
Greider começou com sua orientadora, Elisabeth Blackburn, a investigar como um certo organismo unicelular mantinha dezenas de milhares de "tampas" na ponta de seus mini cromossomas - estruturas especializadas conhecidas como telômeros, que protegem contra danos ao DNA.
Greider, cidadã dos EUA, nasceu em 1961 em San Diego, perto da Universidade da Califórnia, Davis, onde seu pai leccionava Física. Ela se doutorou em biologia molecular e celular em 1987 na Universidade da Califórnia, Berkeley. Depois de realizar pesquisas de pós-doutorado no Laboratório Cold Spring Harbor, foi nomeada em 1997 professora do Departamento de Biologia Molecular e Genética da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
Ela é considerada uma das descobridoras da telomerase, uma enzima que mantém o comprimento e integridade dos telômeros. Em 2006, recebeu junto com Blackburn e Szostak o Prémio Albert Lasker de Pesquisa Médica Básica.
JACK W. SZOSTAK
Szostak nasceu em Novembro de 1952 em Londres, e cresceu no Canadá. Estudou na Universidade McGill, em Montreal, e na Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, onde se doutorou em 1977.
Está desde 1979 na Escola de Medicina de Harvard, e actualmente lecciona Genética no Hospital Geral de Boston. Também está ligado ao Instituto Médico Howard Hughes.
Ele fez contribuições pioneiras no campo da genética. Estudou a origem e evolução primordial da vida por meio de esforços para projectar e sintetizar uma protocélula autorreplicante capaz de realizar a evolução darwiniana.
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