quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tentar salvar o que Mataram


Costuma dizer-se que vale mais tarde que nunca. Mas, no caso do Centro da Cidade da Covilhã, parece-me que é demasiado tarde.
O Sr. Carlos Pinto quiz ficar na história da cidade ao construir o buraco negro no Pelourinho (Silos Auto), mas não conseguiu mais do que matar todo o centro da cidade. Lembro-me de em toda a zona envolvente ao Pelourinho haver mais de 400 comerciantes no activo. Hoje quantos há?
A corrida á aprovação dos Centros Comerciais e Hiper-Mercados também ajudou a esta morte anunciada do centro histórico.
Como se tudo isso não bastasse mandou colocar parquimetros em (quase) toda a zona impedindo assim as pessoas de se deslocarem e gozarem o espaço como antes o faziam, pois a vida custa a todos. Um simples café no centro histórico custa uma fortuna, pois ao preço do café terá de juntar no mínimo um quarto de hora de parque.
Na altura da inauguração dos Silos Auto e como era comerciante na zona recebi um convite para estar presente ao que me neguei por saber que aquele espaço iria matar definitivamente o comércio. Tentei falar com amigos comerciantes da zona a alertá-los para a situação, mas simplesmente não me deram ouvidos e hoje a grande maioria deles também já fechou portas por não terem clientes.
Hoje desdobra-se em iniciativas mais ou menos discutiveis para tentar dar vida ao espaço que ajudou a matar.
Tenho saudades do rodopio de gente que ali fazia a sua vida e gerava riqueza à cidade. Hoje vai ao centro quem necessita obrigatóriamente ir tratar um qualquer assunto a uma instituição bancária ou mesmo à Câmara Municipal.

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