terça-feira, 26 de maio de 2009

PCP propõe Plano de Emergência para o distrito

O grupo parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República, no passado dia 8 de Maio, um Projecto de Resolução que propõe a criação de um Plano de Emergência para o distrito de Castelo Branco. O documento contempla um conjunto de medidas que “viriam resolver muitos dos problemas, no imediato, das populações e trabalhadores do distrito”, explica Patrícia Machado da Direcção da Organização Regional de Castelo Branco (DORCB). O PCP defende um apoio concreto às micro, pequenas e médias empresas (PME) ao mesmo tempo que reclama uma maior fiscalização porque, diz Patrícia Machado, “à boleia crise” sacrificam-se os salários dos trabalhadores. A proposta começa por alertar para situação do distrito de Castelo Branco que “vive uma das piores crises da sua história com consequências muito graves e dramáticas nos planos económico, social, laboral, cultural e ambiental”. O Plano propõe uma série de medidas como a criação de uma marca regional através de incentivos à inovação, nomeadamente no sector Têxtil e do Vestuário, e o congelamento dos preços na energia e nas telecomunicações, reduzindo os custos de laboração no distrito. Propõe que sejam concedidos crédito e seguros de crédito acessíveis às micro e PME do distrito para além da redução do IVA, a eliminação do Pagamento Especial por Conta, a regularização das dívidas do Estado e acordos para o pagamento das dívidas às Finanças e à Segurança Social. Na lista de prioridades para a região está o investimento na rede ferroviária e viária, a construção de uma “rede de heliportos de pequena dimensão e polivalentes com possibilidades de utilização no turismo, na evacuação médica, no apoio ao combate dos fogos florestais”, entre outras medidas contempladas nas oito páginas deste Projecto de Resolução. Documento que “pode não ser consensual”, admite Luís Garra do PCP de Castelo Branco, que garante “abertura de espírito” a propostas de outros grupos parlamentares que complementem o Plano. O objectivo é sobretudo “que os outros partidos passem a preocupar-se com o distrito, nomeadamente os que têm deputados por cá eleitos”, acrescenta o também dirigente da União dos Sindicatos de Castelo Branco. A proposta aguarda agora o agendamento da votação na Assembleia da República.
In Jornal do Fundão

Sem comentários:

Enviar um comentário