sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Covilhã: Notas falsas andam por aí, CUIDADO!

A GNR da Covilhã apreendeu na passada quarta-feira, na vila do Teixoso uma nota falsa de 20 euros, que tinha sido entregue a um comerciante que só reparou ser falsa, aquando do depósito no banco.
Todo o cuidado é pouco, os vigaristas andam aí!

Paredes da Covilhã transformadas em Arte Urbana

Paredes e muros abandonados da Covilhã vão ser pintados e esculpidos por alguns nomes consagrados da arte urbana. JR, VHILS, Btoy ou ARM Collective assinam obras de pintura e escultura em várias capitais e, a partir de sexta-feira, deixam a sua marca na Covilhã.

As intervenções nos espaços da cidade fazem parte do Wool - Festival de Arte Urbana da Covilhã e arrancam com a pintura criativa de um edifício devoluto junto à Igreja de Santa Maria. Esta intervenção, no centro histórico da cidade, fica a cargo dos ARM Collective.

Até à próxima terça-feira, os artistas do grupo criar a sua arte "inspirada em graffiti" nas parede exterior do imóvel, explicou à Lusa um dos organizadores, Pedro Rodrigues, que espera que a população acompanhe o evoluir da obra de arte.
De 21 a 26 de Novembro será a vez de VHILS (designação artística do português Alexandre Farto) "esculpir figuras" numa outra parede a escolher na cidade.
Fonte: JN

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Á Privatização das Águas de Portugal digo NÃO

"A água é um bem comum, parte integrante e fundamental do constante movimento e evolução da natureza, determinante da composição atmosférica, do clima, da morfologia, das transformações químicas e biológicas, das condições de toda a vida na Terra", e o direito a ela é reconhecido pelas Nações Unidas como um direito.

"A privatização de facto verifica-se em várias frentes, que vão da captação da água na natureza, passando pelas margens e leitos dos rios, pelos recursos pesqueiros marinhos, pelas infraestruturas públicas como portos e barragens, até aos serviços públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais", e provocam o aumento dos preços da água, em tarifas e em taxas e sobretaxas.

O atrás escrito, são trechos do Manifesto que defende a gestão pública da água. O movimento que congrega várias organizações, inclusive algumas Autarquias, está a recolher assinaturas e prepara uma iniciativa legislativa para entregar na Assembleia da República a apresentar uma proposta para que se pronuncie sobre a impossibilidade de privatização de serviços de água, um documento a apresentar a 29 de Outubro, em Lisboa.


Eu por mim não só assino, como estou disponivel para lutar no sentido de impedir mais este roubo aos Portugueses.

Covilhã: Festival da Cherovia

Para os interessados, aqui fica o Programa do 4º Festival da Cherovia, que irá decorrer de 4 a 9 de Outubro na cidade da Covilhã, e, organizado uma vez mais pela Banda da Covilhã.


Para mais informações consulte o site oficial: http://www.festivaldacherovia.com/

Covilhã pode incubar empresas de tecnologias na área da saúde

O presidente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) na Universidade da Beira Interior (UBI), Miguel Castelo Branco, admite que nos próximos anos a Covilhã poderá incubar um grupo de empresas de tecnologias na área da saúde, avança a agência Lusa.
 
Ainda este ano, a universidade vai começar a construir o UBI Medical, um parque tecnológico de saúde, cujos edifícios vão nascer em terrenos ao lado da faculdade e do Hospital Pêro da Covilhã.
 
A obra está orçada em 2,5 milhões de euros e aguarda visto do Tribunal de Contas para ser iniciada.
 
O UBI Medical deverá ter um impacto reduzido na área pedagógica da FCS, “mas será muito importante para dinamizar áreas de investigação viradas para soluções concretas, com novas empresas e próximas da comunidade”, diz aquele responsável.
 
Miguel Castelo Branco espera que a investigação que já existe na FCS seja alargada à cooperação com outras faculdades da universidade.
 
Actualmente há já colaborações com cursos na área das engenharias para testar sistemas inovadores.
 
Dois dos estudos envolvem equipamento de monitorização de parâmetros vitais à distância (em que um paciente pode estar em casa, mas ligado a um hospital) e sensores para segurança em voos, explicou.
 
Para o presidente da FCS, “não é utópico pensar num cluster de empresas ligadas às ciências da saúde na Covilhã. Há passos dados, como o UBI Medical, em que a intenção é essa”.
 
A primeira faculdade com curso de Medicina do interior do país está a comemorar o 10.º aniversário, com cerimónias oficiais agendadas para 15 de Outubro.
 
Desde que foi criada, surgiram também curso de Medicina na Universidade do Minho (em simultâneo) e na Universidade do Algarve.
 
Miguel Castelo Branco considera que “Portugal não precisa de mais faculdades de medicina”. O país precisa, na sua opinião, “que haja uma maior responsabilização das faculdades em relação às próprias regiões em que estão inseridas, uma responsabilidade social”.
 
Para além de formarem médicos, as instituições “devem realizar levantamentos epidemiológicos nas regiões em que estão inseridas, analisar as melhores condutas para cuidados de saúde locais e incentivar e colaborar na investigação de dispositivos médicos”.
 
Faculdade quer hospitais a cooperar para fixação de médicos formados na região
 
Os hospitais da Beira Interior têm de “cooperar mais”, para que as especialidades ganhem dimensão, abram “mais vagas para formação” e se fixem mais médicos formados na região, defende o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Covilhã.
 
Desde 2008, ano em que os primeiros médicos formados na Universidade da Beira Interior (UBI) iniciaram o internato de especialidade (formação de vários anos que fixa os médicos após o curso), houve 69 vagas abertas nos hospitais da Covilhã, Guarda e Castelo Branco para candidatos de todo o país.
 
No mesmo período foram formados 240 médicos na faculdade da Beira Interior e só 11 conseguiram ficar a aprender uma especialidade na região.
Miguel Castelo Branco, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI – instituição a comemorar o 10.º aniversário, com actividades agendadas para 15 de Outubro - assegura que “há mais quem queira fixar-se, só não ficam porque não há mais vagas”.
 
As especialidades dispersas pela região têm funcionado “com base na organização de cada um dos hospitais”, mas o presidente da faculdade defende que seja feito “um esforço” para “trabalharem em conjunto”.
 
As vagas são aprovadas para cada especialidade pelo Ministério da Saúde e Ordem dos Médicos com base em vários pressupostos, entre os quais, o número de médicos disponíveis em cada hospital.
 
O tipo de dimensões actuais, “na generalidade das especialidades, são insuficientes para a região conseguir ter mais espaços formativos” que contribuam para fixar mais médicos, alerta.
O presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI considera que os desentendimentos entre os três hospitais, na última década, sobretudo quando se discutiu a fusão de maternidades, não devem levantar dúvidas sobre as possibilidades de cooperação.
 
Segundo refere, “o caso das maternidades foi provavelmente o mais complexo: noutras especialidades penso que é perfeitamente possível trabalhar no sentido de encontrar cooperação”.
 
Miguel Castelo Branco diz acreditar que os alunos formados na UBI podem distinguir-se por terem “um melhor conhecimento da área da medicina geral e familiar, uma vez que o curso tem uma ênfase muito precisa nessa área”
 
Fonte: RCM PHARMA

Covilhã: Intermarché o mais Barato na região

Segundo um estudo publicado pela revista DECO Proteste o Intermarché da Covilhã continua a ser aquele que tem os preços mais baratos de todos na cidade da Covilhã. O estudo feito representa o consumo de uma família média portuguesa e inclui 100 produtos das marcas mais vendidas e abrange todas as categorias.
Para construir a base de dados que suporta este simulador, a DECO - Proteste afirma ter visitado quase 600 supermercados me todo o país, tendo recolhido cerca de 65 mil preços diferentes. Destaca-se que a DECO verificou que é essencialmente a norte e centro que se encontram os melhores preços nos supermercados nacionais. Não encontrámos qualquer indicação de que DECO irá manter esta base de dados atualizada de forma regular, contudo, para já, deverá ser uma boa referência para responder à pergunta do título deste artigo.

Eis a lista ordenado do mais barato para o mais caro de 5 lojas na Covilhã

INTERMARCHÉ

Av. Inf. D. Henrique
6200-506 COVILHÃ Covilhã

CONTINENTE
Av. da Europa, Ed. Serra Shopping, Lt. 7
6200-546 COVILHÃ Covilhã 105 ............................................. 5% mais caro

PINGO DOCE
Al. Pero da Covilhã-Quinta do Alvito
6200-251 COVILHÃ Covilhã 108 .............................................. 8% mais caro

CANÁRIO SUPERMERCADO
R. Com. António Pedroso Santos, 122
6200-344 COVILHÃ Covilhã 112  ............................................. 12% mais caro

LIDL
Al. Pero da Covilhã
6200-507 COVILHÃ Covilhã 114   ............................................ 14% mais caro

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Portugueses à luz da vela ?

Segundo noticia hoje o Diário Económico a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai propor um aumento de cerca de 30% nas tarifas de eletricidade para as famílias no próximo ano.
Para além deste aumento sem precedentes nos preços da eletricidade soma-se a subida do IVA de 6 para 23% a partir de 1 de outubro.

Logo os Portugueses passarão a viver como antigamente à luz da vela porque o dinheiro não dá para tudo.
Exorto todos os Portugueses a unirem-se e lutar para que isto não vá para a frente, antes que seja tarde.




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Covilhã: Medalha de Mérito Municipal para 6


A Câmara Municipal da Covilhã, vai no próximo dia 20 de Outubro (Dia da Cidade) homenagear 6 individualidades com a Medalha de Mérito Municipal.

Não é nada pessoal, até porque alguns, não conheço pessoalmente, mas gostaria de saber quais são os critérios para atribuição do galardão, porque, parece-me que além destes nomes, que volto a repetir, não ponho em causa, outros haverá, e há de certeza, que muito têm feito para engrandecer o nome do concelho da Covilhã e nunca foram convidados a receber esta distinção.

Lista de Agraciados:
Eng.º ZEINAL BAVA - Presidente da Portugal Telecom (assina protocolo da construção do Data Center nesse dia)
Eng.º JOÃO CARVALHO - Empresário Industrial e Vitivinicultor (Fitcom e Quinta dos Termos)
FIRMINO FERREIRA GAUDÊNCIO - Empresário Industrial (Confecções Lança)
Eng.º JOÃO CARDOSO - Presidente da Teleperformance
Prof. Doutor JOSÉ EDUARDO CAVACO - Professor Universitário de Medicina e Maestro da Banda da Covilhã (A Banda da Covilhã voltou a estar Viva)
Dr. LUÍS VEIGA – Empresário (Grupo IMB) H2otel, Hotel Turismo da Covilhã, Hotel Vanguarda entre outros, pertence ao Movimento de Empresários contra as Portagens na A23.

A todos desde já os parabéns

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Covilhã: Polícia e funcionário municipal detidos

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve esta quarta-feira cinco pessoas na zona da Covilhã, entre as quais um polícia e um funcionário da Câmara Municipal, por suspeita de auxílio à imigração ilegal, extorsão e roubo, disse fonte judicial. Os restantes detidos são outro homem e duas mulheres

Os detidos são suspeitos de associação criminosa e vão ser ouvidos no Tribunal da Covilhã na quinta-feira, a partir das 9h00.

Fonte: Correio da Manhã

Gunther Oettinger RUA !

Este é o fulaninho que quer as Bandeiras a Meia-Haste dos países que necessitam de ajuda.
Agora os Eurodeputados querem que ele se ponha a andar, porque não percebe o que afinal é a União Europeia. Este é daqueles que pensam que podem comprar Portugal aos talhões.

FORA SCHWEIN !

Amy Winehouse com Tony Bennett, Dueto inédito

O dueto entre Amy Winehouse e Tony Bennett, "Body and Soul", está a partir de hoje disponível como single de lançamento do novo álbum de Bennett, "Duets II”, que conta ainda a participação de nomes como Lady Gaga e Aretha Franklin.
Porque era admirador da voz estrondosa de Amy aqui fica um cheirinho.









terça-feira, 13 de setembro de 2011

Madeira 30 anos depois

António Fontes, advogado, ex-militante da JSD e irmão de dois homens fortes de Jardim (Paulo Fontes e Rui Fontes, ambos ex-secretários regionais), confessa que, na Madeira, quem ganhou as eleições foi Ramalho Eanes, mas que «os votos foram adulterados para que aparecesse Soares Carneiro a ganhar».

O actual deputado do PND revelou como foram adulterados os votos para as presidenciais e garante não ter medo de represálias «Eles sabem que eu sei.». Admite ainda que participou na «chapelada» e pede agora observadores internacionais para que não se repita «o que viu nas presidenciais de 1980» - uma grande «aldrabice eleitoral».

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Covilhã deve ter bandeira a meia haste?







A Alemanha quer bandeiras a meia haste nos edifícios da União Europeia, dos países endividados como meio dissuasor dizem eles.

Se a moda pega então a Câmara Municipal da Covilhã também vai ter que colocar a Bandeira do Municipio a modos que!

Sporting da Covilhã Ganha

O Sporting Clube da Covilhã, ganhou o seu jogo para a taça de Portugal com o Caldas por (4-0), seguindo assim em frente para a 3ª eliminatória da competição. Só escrevo sobre este jogo para aplaudir o Sporting (apesar de ter jogado com uma equipa de um escalão inferior) ao invés dos arautos da desgraça que só publicam algo, quando o Sporting da Covilhã perde, e, gozando que nem uns perdidos. O Campeonato não está a correr pelo melhor, mas que raio, é motivo para tanta bota baixismo?
Refiro-me a um blog da cidade, que mais parece o orgão oficial da desgraça do Clube da Cidade ou melhor devem ser defensores acérrimos daqueles que não há muito tempo tentaram tomar de assalto o Clube mais representativo da Beira Interior e ainda não conseguiram digerir a derrota.
Eu por mim, apoio sem reservas o trabalho que o Presidente José Mendes e seus pares de direcção têm feito em prol do Clube.
Viva o Sporting da Covilhã.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

UM DIA, ISTO TINHA DE ACONTECER

UM DIA, ISTO TINHA DE ACONTECER

Mia Couto

Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?